lunes, enero 19, 2009

Enquanto isso, no Brasil...


"O mergulho nas trevas do lamento e da impotência foi tão profundo que alguns se perderam pelos subterrâneos, ficaram na margem ou escolheram as viagens permanentes. Mas muitos cansaram de se lamentar, talvez com medo de se tornarem tristes heróis de uma 'guerra acabada'. Estão voltando a querer, isto é, estão recuperando a vontade para voltar a fazer - apesar de tudo." (Vladimir Herzog)

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Justiça arquiva caso de jornalista Vladimir Herzog, morto pela ditadura


http://knightcenter.utexas.edu/blog/?q=pt-br/node/2724

A juíza federal Paula Mantovani Avelino determinou o arquivamento dos pedidos do Ministério Público Federal para que fossem investigadas criminalmente as mortes do jornalista Vladimir Herzog e do militante de esquerda Luiz José da Cunha, torturados e assassinados por agentes do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) durante a ditadura militar, informaram o Último Segundo e O Globo.

A juíza concordou com a argumentação da procuradoria criminal, que considera os crimes prescritos, disse O Globo. Isto significa que, em ambos os casos, já se passaram mais de 35 anos, tempo superior ao da pena máxima fixada abstratamente para homicídio, explica o Último Segundo.

Outro argumento da juíza foi o fato de o Congresso brasileiro nunca ter ratificado a convenção internacional de 1968, que transforma tortura e assassinatos políticos em crimes imprescritíveis. O Globo acrescenta que entidades civis pretendem levar o caso à Justiça internacional: Chile e Peru não ratificaram a convenção. Isso não impediu que fossem condenados pela Corte Interamericana, disse a procuradora cível Eugênia Fávero.

No dia 24 de outubro de 1975, o jornalista Herzog, que na época era diretor do Departamento de Jornalismo na TV Cultura, apresentou-se na sede do DOI-Codi, em São Paulo, onde iria prestar esclarecimentos sobre o seu relacionamento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Foi preso, torturado e morto no dia seguinte, acusado de ligações com o partido. Leia aqui reportagem do Observatório da Imprensa sobre Herzog.

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Engraçado (para não dizer trágico) pensar nisso no momento em que o Brasil compra briga com a Itália para defender Battisti, do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, condenado por 4 assassinatos. Vai entender...

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